quarta-feira, 2 de abril de 2014

Caem as importações e cresce a indústria nacional



Conjunto de fatores como o imposto de 35% para brinquedos acabados e aumento do custo da mão de obra chinesa, entre outros, levou à queda das importações ano passado e crescimento da indústria no Brasil



Desde 2011 as importações de brinquedos vêm decrescendo, segundo a Abrinq, baseada em dados do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Passaram de 358.643.009 (preço FOB) em 2011 para 343.099.206 em 2012 (queda de 4,33%) e 316.829.105 (-7,66%) ano passado.

Em contrapartida, a importação de partes e peças, onde incide imposto de 2%, vem subindo desde 2011. Foi de 13.660.871 (FOB) em 2011 para 17.346.467 (aumento de 10,21%) em 2012 e 17.971.154 (+27,09%) ano passado.

A indústria de brinquedos deixou de ser interessante na China para o novo governo do país, informa o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, durante abertura da 31ª Abrin, dia 1º, no Expo Center Norte. O governo chinês fez chegar aos fabricantes que esse tipo de indústria dá muitos problemas, é cheio de regras e normas, além de certificações e auditorias diferentes em várias partes do mundo. “O namoro agora do governo é com a eletrônica, os têxteis e o esporte.”

“É um momento de fragilidade, com transferência de algumas fábricas para Índia e Vietnã, por exemplo, e isso demora uns dois anos, além do preço médio da importação ter crescido”, explica. “Está havendo melhoria da competição.”

Mercado interno
O mercado nacional de brinquedos este ano, segundo Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq, deve atingir algo em torno de R$ 9 bilhões no varejo. O ambiente do brinquedo, segundo ele, vem encontrando condições favoráveis no mercados interno.

De acordo com o dirigente, a política de partes e peças, no Mercosul, vem dando resultado, e os negócios saíram do zero ano passado para US$ 15 milhões comprados dos vizinhos.

No mercado interno, o fenômeno dos licenciamentos dos personagens Patati e Patatá e Galinha Pintadinha ajudaram a movimentar as vendas ano passado, e fundamentalmente as compras governamentais de brinquedos via MEC. “Para este ano, o volume é tão grande que nem a indústria esperava”, antecipa.



Fonte: Primeira Página

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