segunda-feira, 31 de março de 2014

Brinquedo e tecnologia se unem para agradar novas gerações




Novas versões tecnológicas de brinquedos clássicos comprovam essa realidade. Algumas empresas, no entanto, preferem a manutenção dos tradicionais


Em 1995, o primeiro longa de animação dos estúdios Pixar, Toy Story, evidenciou um cenário que se comprovaria anos depois: o interesse cada vez maior de crianças por brinquedos tecnológicos que emitem som, luz, andam ou interagem. Pesquisa realizada recentemente pelo Ibope afirma que 47% das crianças brasileiras entre 6 e 9 anos têm acesso frequente à internet.

A batalha pela preferência dos pequenos entre brinquedos tecnológicos e brinquedos tradicionais fica perceptível nos lançamentos dos fabricantes durante a ABRIN. “A indústria está cada vez buscando mais produtividade e acabamento, para tornar o brinquedo atraente e mais acessível”, diz Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq.

A Estrela, por exemplo, reeditou dois grandes sucessos de vendas de três décadas atrás, a pedido dos próprios consumidores: o Genius, um dos pioneiros na utilização da tecnologia no brinquedo, com 500 mil unidades vendidas entre 1980 e 1981; e o Boca Rica, que teve a sua identidade visual original preservada, mas passou a emitir sons.

Outra aposta da empresa é o Super Banco Imobiliário, versão moderna do tradicional jogo de “sorte e revés” em que notinhas de papel foram substituídas por cartões de débito e crédito. Há também uma versão para smartphones, que por meio de um aplicativo é possível fazer check-ins em locais específicos, no estilo Foursquare. Segundo a Brinquedos Estrela, o jogo de tabuleiro encerrou o ano de 2011 entre os três produtos mais vendidos.

O upgrade tecnológico também fez parte do histórico recente da Hasbro. O carismático Furby voltou ao portfólio da empresa com novas funções e ainda mais interativo, devido a um projeto de robótica especialmente criado para essa versão, que faz com que o comportamento do brinquedo dependa diretamente da atenção dada a ele.

Já o Twister Dance, versão dançante do clássico jogo de contorcionismo, substitui o tapete de bolas coloridas e a roleta por quatro círculos que contém sensores de peso e um gadget de LED que indica qual círculo o jogador deve pisar.

Tablets e smartphones com jogos interativos para crianças, helicóptero com câmera fotográfica acoplada na cabine e bonecos articulados que interagem por reconhecimento de voz são algumas das novidades anunciadas por fabricantes brasileiros nos últimos anos e apresentados na ABRIN.

Brinquedos tradicionais

Na contramão desta tendência, algumas empresas se utilizam da não-tecnologia como marketing para diferenciar seus produtos. É o caso da Alegria Sem Bateria, que levanta a bandeira da sustentabilidade, solidariedade e inclusão social em suas linhas, como a “Soldadinho sem Chumbo”, exército do bem que se dedica na preservação da ecologia. A empresa ainda se alegra em apenas utilizar matérias-primas recicladas ou certificadas e colas e tintas que não causam alergia na fabricação dos produtos. 


Fonte: Primeira Página

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