Grow, Lego e Estrela são alguns fornecedores que investem na plataforma, com destaque para os dispositivos móveis
Os jogos de tabuleiro e brinquedos que fazem parte do imaginário das crianças estão chegando de vez às plataformas digitais. A Grow, por exemplo, já lançou versões dos seus famosos Super Trunfo, Perfil, Imagem & Ação e de seus quebra-cabeças — e planeja novas adições para este ano.
“Não temos a pretensão de ser uma grande publicadora de jogos digitais, mas acreditamos que podemos abocanhar parte deste mercado. As versões digitais não são apenas fonte de receita, mas uma forma de divulgar as versões físicas. Os dois mundos são complementares e o digital não vai substituir o físico”, diz o diretor-geral da Grow, Marcelo Rovai. O jogo Perfil, por exemplo, disponível para iOS, Android e na web, teve mais de 100 mil instalações em um mês.
Robério Esteves, diretor de operações da Lego no Brasil, outra empresa que está investindo na digitalização, concorda e reforça que um dos objetivos é também despertar o interesse das novas gerações pelo brinquedo, depois delas experimentarem a versão virtual. “A Lego resolveu partir para este mercado porque para as crianças os games são parte do dia a dia”, diz. “Os jogos online seguem a mesma linguagem do brinquedo. O conceito de montar e desmontar não muda. Além disso, os temas dos jogos são os mesmos das nossas linhas. A ideia é que também depois de jogar a versão digital, as crianças tenham interesse pelo brinquedo”, ressalta o diretor da Lego, que já disponibiliza diversos games em seu site — que podem ser gratuitos para quem compra os brinquedos —, além de aplicativos para tablets e smartphones e games de consoles como o Nintendo Wii e o Xbox.
O diretor da Grow acredita, no entanto, que chegar a essas plataformas só é possível para empresas que já estão consolidadas, pois, no período de degustação, a marca ajuda na conversão em compra da versão completa do game. “Em alguns jogos a conversão é maior do que em outros, mas ela está crescendo. Precisamos ainda investir em mídias para divulgar as versões digitais”.
Para Danilo Parise, diretor de marketing e produtos da Sioux — produtora de games que desenvolveu os jogos da Grow—, a migração para o universo digital é uma tendência em todo o mundo. “Manter o game o mais fiel possível ao jogo físico e fazer com que as pessoas tenham entretenimento da mesma maneira são os desafios”, diz ele. A empresa registrou crescimento de 25% no ano passado, e a digitalização dos jogos deve ser o motor da expansão da companhia este ano, com alta estimada em 50%. Segundo Parise, a empresa, que produziu mais de 100 games no ano passado, os jogos para tablets e smartphones atraem mais usuários do que os desenvolvidos para a web. “O mercado de PCs tem mostrado um certo declínio, apesar da base instalada ainda ser grande. A gente vê cada vez mais pessoas utilizando os dispositivos móveis”, explica.
A Estrela também já possui versões digitais dos jogos Banco Imobiliário, Cara a Cara, Autorama e Cilada.
Fonte: Jornal Brasil Econômico
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