segunda-feira, 18 de março de 2013

Indústria brasileira de brinquedos sobrevive à invasão chinesa

 Synésio Batista da Costa - Presidente da Abrinq

 

Tamanho do parque produtivo nacional é considerado razoável: 500 fábricas, 25 mil postos de trabalho e faturamento de R$ 4 bilhões



A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) tem motivo de sobra para celebrar o balanço de 2012 e o cenário para este ano, depois de muito trabalho nesse período: crescimento de 14%, diante de um PIB quase zero, e faturamento de R$ 4 bilhões de vendas ao varejo, que representam na ponta para o consumidor algo como R$ 7,5 bilhões. 

O presidente da entidade, Synésio Batista da Costa, acredita que o mercado pode crescer ainda mais com a tomada de espaço dos chineses e o trabalho incessante junto ao Governo.

Considerando o que aconteceu no mundo com a indústria de brinquedos após a entrada dos chineses no mercado, o tamanho do parque produtivo nacional é no mínimo razoável: 500 fábricas, 25 mil postos de trabalho e faturamento de R$ 4 bilhões. Esse perfil só foi possível, lembra Synésio, a partir de medidas conquistadas com muito empenho, como o controle das fronteiras e o fim da guerra dos portos.

Na opinião do presidente da Abrinq, o fim da guerra dos portos, por meio da Resolução 13 do Senado Nacional e em vigor desde 1º de janeiro deste ano, “é fundamental para assegurar a isonomia competitiva entre produtos nacionais e importados, eliminando o subfaturamento”. Assim como o maior rigor nas fronteiras, assegura, diminui o contrabando. A Receita Federal tem algo como 1.500 containers de brinquedos apreendidos.

A desoneração do INSS da folha de pagamentos, de 20% da folha mensal para 1% do faturamento limpo do mês, é outra das conquistas ressaltadas por ele. “Vai significar uma economia para o setor em dois anos”.

O leque de vitórias da Abrinq em busca do crescimento da indústria brasileira de brinquedos não para por aí. Synésio Batista da Costa enumera as compras governamentais pelo MEC-FNDE, que representam um novo nicho de mercado para os fabricantes; a queda de 3,8% nas importações em 2012, e outros presumíveis 5% para este ano e o próximo, com negócios entre membros do Mercosul; além da elevação do PIS/COFINS em 1% sem direito a crédito nas importações de brinquedos.

Há, ainda, a questão de partes e peças para importação neste e no próximo ano, mantidas em 2%, contra 35% sobre importações de produtos acabados. A prorrogação no MVA do ano passado para janeiro de 2013, sem prejuízo para o terceiro trimestre. E mais o controle da Norma da ABNT, a cargo da Abrinq via comitê do brinquedo; e a reunião da ISO TC 181 para São Paulo, depois de evento no Japão.

O calendário deste ano da Abrinq, segundo o presidente, inclui ampliar a lista de partes e peças para todas as posições, a ampliação do prazo de pagamento de tributos federais e estaduais, ações em relação à importação de brindes e à imunidade dos livros-brinquedos, maior controle nos portos e a questão do Refis nacional e paulista para brinquedos, entre outros temas.

Na agenda pessoal de Synésio Batista da Costa figuram temas espinhosos como liderar o Mercosul na complementação industrial produtiva, acordos comerciais com Estados Unidos, Comunidade Europeia e Ásia, o combate à informalidade e a criação de curso de design de brinquedos.


ABRIN 2013
30ª FEIRA BRASILEIRA DE BRINQUEDOS
 
Data: 23 a 26 de abril - Horário: 10h às 20h (dia 26, das 10h às 18h)
Local: Expo Center Norte
Realização: ABRINQ – Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos
Informações: (11) 2226-3100
Site: www.abrin.com.br


Fonte: Primeira Página Assessoria

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