Novos negócios para varejistas e fornecedores na CBME Brasil

Sili Squeeze

Feira realizada em São Paulo promove a interação entre os elos de produção e vendas, beneficiando consumidor que busca produtos infantis

A interação entre expositores, compradores, fornecedores e consumidores do mercado de produtos e serviços infantis do Brasil e internacional foi o destaque na inauguração da Children Baby Maternity Expo (CBME) no país, com realização em São Paulo. O setor, que movimentou mais de R$ 1 bilhão no Brasil no ano passado, já começou a ser debatido e negociado na capital paulista. São cerca de cem marcas em exposição nos estandes do Expo Transamérica.

“Estamos bastante otimistas. Faltava um evento 100% dedicado à puericultura no Brasil”, afirmou Alexandre Mouri, diretor comercial da Adkits Brasil. Para ele, uma das vantagens do segmento de artigos e brinquedos infantis é que seu consumo não sofre retrações ou sazonalidades devido à contínua demanda de pais e mães em cuidar de seus filhos.

A empresa importadora apresenta dois dos principais lançamentos da feira: Snuza Hero, sensor sul-africano que monitora o sono e a respiração do bebê; e o Sili Squeeze, garrafa de silicone que armazena alimentos pastosos e evita vazamentos. Os dois produtos são inéditos no Brasil. A maioria dos 40 itens em portfólio da Adkits, segundo Mouri, são voltados à primeira idade, de 0 a 2 anos. "Exploramos nichos de mercado e alcançamos de 20% a 30% de market share”, diz o diretor.

A expectativa de contato com varejistas – grandes e pequenos - durante os três dias do CBME pode elevar entre 15% e 20% o faturamento mensal da empresa até o fim do ano, acredita Mouri. A feira também deve colaborar para sua meta de ampliar seus parceiros de varejo dos 350 atuais para 500 em todo Brasil neste ano.

A distribuição de itens importados, por outro lado, também preocupa os negócios da Adkits devido à recente disparada da cotação do dólar frente ao Real. “Há o risco de retirada de produtos e aumento de preços, mas também pode levar à seleção natural de produtos no mercado brasileiro”, diz Mouri. Ele, por sua vez, nega alteração de preços da Adkits. “Estamos tentando segurá-los. Por enquanto, não mexemos (nos preços). A alta do dólar pode ser apenas um pico”.

A preocupação com o câmbio é observada atentamente na Dican, importadora de produtos infantis chineses. “Já houve uma queda de vendas e há previsão de aumento de preços entre 10% e 20% neste ano”, afirmou Cesar Zatarka, diretor da empresa. Segundo ele, a companhia aproveita a CBME para divulgar a marca e seus produtos e não, especificamente, para novas negociações. Os cerca de cem produtos em exposição da Dican atendem à faixa etária de 0 a 3 anos, com foco na puericultura e carrinhos.

A mesa de negociações é um maior atrativo, no entanto, para os visitantes compradores. É o caso da Ri Happy, uma das maiores varejistas do mercado nacional. Duas representantes da empresa circularam pelos estandes no primeiro dia da feira, conheceram lançamentos e trocaram cartões. “Viemos para conhecer produtos novos e iniciar negociações”, afirmou Maria Claudia Vaz, gerente de produtos da linha bebê.

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Fonte: TV Brinquedos / Assessoria CBME